MUNDO:Favorito do partido republicano, pré-candidato vem caindo nas pesquisas. Após forte atuação no debate, Fiorina se fortaleceu nas pesquisas
Carly Fiorina e Donald Trump durante o debate presidencial nos EUA no último dia 16 (Foto: Lucy Nicholson/Reuters)
O candidato republicano favorito Donald Trump patinou nas pesquisas após o debate republicano da última quarta-feira (16), enquanto a ex-diretora-executiva da Hewlett-Packard Carly Fiorina chegou à segunda posição, de acordo com uma nova pesquisa publicada neste domingo.
A pesquisa da CNN/ORC ainda deixa Trump como líder, com 24% dos votos republicanos ao seu favor, mas isso significa que perdeu oito pontos em relação ao início deste mês.
"A única pesquisa que importa é a grande. Vocês sabem qual é. Refiro-me às eleições", disse Trump ao programa da rede CNN "State of the Union" em uma entrevista telefônica, acrescentando que estava surpreso pelos resultados.
Fiorina, por sua vez, se fortaleceu após uma grande atuação no debate, no qual alfinetou friamente o atrevido magnata por menosprezar sua imagem em comentários publicados pela revista Rolling Stone.
"Acredito que todas as mulheres deste país ouviram claramente o que o senhor Trump disse", lançou a candidata na quarta-feira com frieza, desencadeando um ruidoso aplauso na gigantesca sala.
A pesquisa da CNN concede a ela 15%, pouco à frente de Ben Carson, o neurocirurgião aposentado que até as últimas semanas era o oponente mais próximo de Trump.
Polêmica
O pré-candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos Donald Trump sofreu críticas de rivais republicanos e democratas e da Casa Branca nesta sexta-feira (18) por não corrigir um homem que disse que o presidente dos EUA, Barack Obama, é muçulmano durante um evento de campanha.
Trump, que no passado expressou dúvidas sobre se Obama nasceu nos Estados Unidos, ouviu de um homem durante um evento de campanha em Rochester, New Hampshire: "Temos um problema neste país. Ele se chama muçulmanos."
"Sabemos que nosso atual presidente é um deles. Sabemos que ele sequer é americano", acrescentou. Trump, favorito nas pesquisas para ser o candidato republicano à Casa Branca e que tem se envolvido em polêmicas diariamente, não interrompeu o homem ou contestou suas afirmações de qualquer forma
Em 2011, Trump deflagrou uma polêmica ao exigir que Obama mostrasse provas de que nasceu nos EUA. O presidente então mostrou sua certidão de nascimento provando que ele nasceu no Havaí, não no Quênia, como diziam alguns críticos. Obama também é cristão e compareceu a alguns cultos na igreja durante seu mandato.
"Alguém está realmente surpreso que isso tenha acontecido em um evento de campanha de Trump?", disse o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, a jornalistas.
"As pessoas que têm essas visões ofensivas fazem parte da base do senhor Trump", acrescentou ele sobre o episódio, que também gerou críticas a Trump dos pré-candidatos democratas Hillary Clinton e Bernie Sanders.