segunda-feira, 24 de março de 2014

Nos bastidores de Brasília. Fique ligado! 24/03/2014


Deputado Eduardo Cunha(PMDB-RJ), adversário atual preferido do Planalto desiste de atrapalhar a aprovação do Marco Civil da internet com sua votação prevista para esta semana. O projeto segundo ele será aprovado como quer o governo: "Não vou me arriscar a ser derrotado depois da vitória política que tive".

___________________________________________________________

Ainda com o Deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) apontado como comandante de uma bancada de 200 deputados, Cunha está em campanha para disputar a presidência da Câmara em 2015. Facilitou sua missão a decisão do atual presidente, Henrique Eduardo Alves, de disputar o governo do Rio Grande do Norte. Nos corredores da casa, Cunha já é chamado de "presidente" pelos deputados de sua base.

____________________________________________________________

Animados com as suspeitas sobre a compra da refinaria de Pasadena, os candidatos de oposição à Presidência Eduardo Campos e Aécio Neves, enviaram emissários para falar com o ministro José Jorge, do Tribunal de Contas da União, para saber se a investigação pode atingir Dilma Rousseff. A resposta foi desanimadora: não há nenhum documento que demonstre que ela agiu irregularmente ou se omitiu.Mesmo assim, os opositores querem que Jorge conclua o caso antes de se aposentar, em novembro, para utilizá-lo na campanha.

______________________________________________________________

Novidades nas eleições cearence, pela primeira vez a família Gomes não terá candidatos. Cid cumprirá seu mandato até o fim e seu candidato a governador deverá ser o presidente da Assembléia, Zezinho Albuquerque e de novidade terá a empresária Nicolle Barbosa candidata ao governo pelo PSB de Eduardo Campos.

____________________________________________________________

O ministro Antonio Dias Tofoli, do Supremo Tribunal Superior (STF), assinou nesta segunda-feira (24) mandado de prisão contra o deputado federal Asdrúbal Bentes (PMDB-PA) que estipulou que Bentes cumpra pena de 3 anos, 1 mês e 10 dias de prisão por esterilização cirúrgica irregular de mulheres.O documento deve ser enviado à Polícia Federal  (PF) ainda nesta segunda. O ministro enviou ainda documento à Vara de Execuções Penais do Distrito Federal (VEP-DF) informando que, após Bentes ser preso, o juiz de execução poderá decidir como será o cumprimento da pena.

_____________________________________________________________

Fernando Henrique Cardoso muda de idéia e quer CPI. Depois de ter dito que não via necessidade de CPI para apurar a compra pela Petrobrás de usina nos EUA, FHC considera agora que a CPI " se impõe pela gravidade do assunto". Para FHC, Dilma, mesmo arriscando-se ser tomada como má gestora, prefiriu abrir o jogo e reconhecer que foi dado um mau passo"

_____________________________________________________________

CUT vai às ruas contra o ' não vai ter copa". Convocada pelo governo federal para ajudar no diálogo com movimentos contrários á realização da Copa do Mundo no Brasil, a Central única dos trabalhadores (CUT) promete ir às ruas para defender o mundial. Segundo o presidente da entidade, Vagner Freitas, o evento vai beneficiar os trabalhadores e os protestos contra a Copa são eleitoreiros.
" Essas manifestações do ' não vai ter copa' são eleitoreiras, manipuladas pela oposição, que não se conforma com o fato de o governo Lula trazer os eventos para o Brasil". "A copa gera emprego, renda e benefícios para toda a população" disse Valter Freitas - Presidente da CUT
                                                                                                         

"Nos bastidores de Brasília" com Alexandra Vieira em 24 de março de 2014.




Malásia confirma: voo MH 370 caiu no Oceano no Índico


 O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, confirmou nesta segunda-feira "com grande tristeza" que dados confirmam que o Boeing 777 da Malaysia Airlines caiu no Oceano Índico, a cerca de 2.500 quilômetros da costa australiana. Na área de buscas já foram encontrados objetos flutuantes que muito provavelmente são destroços dos voo MH 370.

Pouco antes do anúncio oficial do premiê malaio, a companhia aérea Malaysia Airlines tinha confirmado, em SMS enviado aos familiares das vítimas, que o voo MH 370 caiu mesmo no Índico e que todas as pessoas a bordo estão mortas. “A Malaysia Airlines lamenta profundamente que temos de assumir para além de qualquer dúvida razoável, que o MH 370 foi perdido e que nenhuma das pessoas a bordo sobreviveu”, diz o texto que a BBC teve acesso.



O voo MH370, que viajava entre Kuala Lumpur e Pequim, desapareceu pouco depois da decolagem em 8 de março com 239 pessoas a bordo, sendo doze tripulantes e 227 passageiros. No meio do caminho entre a Malásia e o Vietnã, o avião mudou de rumo, para o oeste, em direção contrária a sua rota, e os sistemas de comunicação foram desativados "deliberadamente", segundo as autoridades malaias. A aeronave teria voado durante várias horas até esgotar o combustível.

Fonte: Veja.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Nos bastidores de Brasilia, fique ligado! 21/03/14



O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou ontem a prisão do deputado federal Asdrúbal Bentes (PMDB-PA). Ele tinha sido condenado em 2011 por oferecer cirurgias ilegais de esterilização em mulheres em troca de votos na eleição de 2004 para a prefeitura de Marabá, no Pará. O deputado foi condenado a três anos, um mês e dez dias de reclusão e cumprirá a pena em regime aberto.
_________________________________________________________

O Ministério Público Federal do Distrito Federal apresentou denúcia contra dois jovens envolvidos em depredação do Palácio do Itamaraty, em Brasília, durante manifestação no dia 20 de junho do ano passado. A denúncia foi apresentada na quarta-feira, e será analisada pela 12ª Vara Federal do DF. O procurador da República Valtan Furtado, wue assina a denúncia, diz que o fogo foi controlado por integrantes da segurança e da brigada de incêndio. O MPF ainda aponta que laudo da Polícia Federal constatou vários danos ao edifício público, como vidros quebrados, pichações e esquadrias de janelas destrídas ou amassadas.
______________________________________________________________

Ex-diretor de abstecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa foi preso ontem pela Polícia Federal no Rio de Janeiro por suspeita de envolvimento com quadrilha de lavagem de dinheiro.
________________________________________________________________

Oposição presiona Congresso para abrir CPI da Petrobras, a estratégia é atrair parlamentares descontentes da base aliada. A oposição vai agir em várias frentes no Congresso para investigar as irregularidades na compra , pela petrobras, da refinaria Pasadena, nos EUA. A estratégia é contar com a opinião pública para ganhar apoio dos insastifeitos da base aliada. Na Câmara, começaram a ser coletadas assinaturas para a aprovação de uma CPI. Os deputados também apresetaram requerimentos de fiscalização em comissões temáticas. No Senado, o senador e presidenciável Aécio Neves(PSDB-MG) tentará coletar assinaturas para uma CPI mista, que só se viabiliza com o apoio de 171 deputados e 27 senadores. Senadores de oposição também prometem fazer uma representação contra Dilma na Procuradoria Geral da República.
_ ______________________________________________________________

Segundo pesquisa do Ibope, Dilma tem 43%, Aécio, 15%, e Campos, 7%. A presidente Dilma Rousseff seria reeleita no primeiro turno nas eleições deste ano segundo pesquisa Ibope divulgada ontem pelo site do josrnal " O Estado de S.Paulo". Candidata á reeleição, Dilma tem 43% das intenções de voto, o mesmo percentual da pesquisa anterior, divulgada em novembro.

_____________________________________________________________________

 Conselho de FHC ao governo (caso petrobras)

 Apesar da mobilização do PSDB, especialmente do senador mineiro e pré-candidato Aécio Neves, e de outros oposicionistas para a criação da CPI da Petrobrás, o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso disse ontem ser contra a investigação no Congresso, em ano eleitoral. " Acho que o momento eleitoral não é o propício(para uma cpi da Petrobras). Não sou favorável a partidalizar. Mas se o governo não apurar direitinho, abre espaço ( para a comissão) . 

_________________________________________________________________

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o senador Delcídio Amaral (PT-MS) trocaram acusações ontem sobre a quem coube a indicação de Nestor Cerveró para a diretoria da Petrobrás. Foi ele o responsável pelo documento citado pela presidente Dilma Rousseff ao justificar seu voto a favor da compra da refinaria em Pasadena (EUA).

________________________________________________________________

Aécio Neves, pré-candidato a presidente
"(A CPI é necessária para que) a própria presidente possa explicar as razões de ter tomado essa decisão (de comprar a refinaria nos EUA) e por que omitiu dos brasileiros nos ultimos seis anos essas razões".

________________________________________________________________



Nos bastidores de Brasília com Alexandra Vieira




quarta-feira, 19 de março de 2014

Política - 19/03/2014


Presidente Dilma Rousseff visita esta quarta-feira o Ceará, um dos estados em que a disputa regional entre PMDB e o PT desestabiliza a aliança nacional. Dilma juntará em eventos em Fortaleza e Sobral os dois rivais locais que a apoiam nacionalmente: o governador Cid Gomes (Pros), que tem o apoio dos petistas, e o líder do PMDB no Senado, Eunício de Oliveira(CE), candidato ao governo estadual. Os anúncios, entre entregas de equipamentos e liberações de boras, envolvem R$ 575 milhões, sendo 80% dinheiro federal.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
 O governo federal "pegou carona " na MP 630 que prevê o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC) na construção de presídios, para adotar o procedimento em todas as obras da União,com emenda apresentada pela senadora e ex-ministra Gleise Hoffmann, oposição no senado resiste. " Eles (oposição)  já não concordavam com o uso do RDC  para a Copa e Olimpíadas, e nós avançamos," disse a senadora.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
A comissão externa da Câmara dos Deputados que vai investigar o suposto pagamento de propina a funcionários da Petrobras terá cinco integrantes de partidos da base aliada ao governo e três da oposição, além de um parlamentar indicado pela mesa diretora para mediar decisões - o deputado federal Maurício Quintella (PR-AL). A divisão foi decidida ontem pelos líderes partidários em acordo com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). O PT terá direito a apenas uma das vagas. Pelo governo também terão espaço na comissão o PMDB, com um indicado, e o PP, com outro. Os partidos da base aliada ainda vão discutir quais legendas vão ocupar as outras duas cadeiras da comissão. A oposição deve dividir hoje suas vagas.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Em crise com a base aliada na Câmara dos Deputados, o governo usou novamente sua maioria no Senado pra segurar os vetos presidenciais. Depois de articulação do Executivo para apresentar novo projeto que permitia a criação de municípios, os senadores da base aliada decidiram não dar quórum na sessão do Congresso Nacional em que seria analisado o veto da Presidente Dilma Rousseff a projeto sobre o tema, aprovado pelo Legislativo em outubro.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Depois de parte da base do governo na Cãmara dos Deputados ameaçar derrotar o projeto do marco civil da internet, o governo aceitou tirar do texto o trecho que permite ao Executivo, por decreto, obrigar empresas a manterem centrais de dados no Brasil para armazenar informações de internautas. O anuncio foi feito ontem à noite pelo deputado Alessandro Molon (PT-RJ), relator da proposta na Cãmara.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
O PT definiu os nomes para a coordenação do programa de governo de um eventual segundo mandato da presidente Dilma Rousseff: o professor Marco Aurélio Garcia, assessor especial para assuntos Internacionais do Palácio do Planalto, eo oeconomista Alessandro Teixeira, assessor especial do gabinete pessoal da presidente da República. O presidente do PT, Rui Falcão, disse que o programa de governo 2015-2017 será uma "sequencia do projeto nacional, o conceito dos 12 anos: manter as transformações e avançar nas que não foram implementadas".
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
O diretório Nacional do PT reune-se amanhã, em Brasília. O PT deve analisar a situação eleitoral no Ceará, Pernambuco, Pará, Amazonas, Paraíba, Alagoas, Espirito Santo e Amapá. A questão do maranhão, uma das mais polêmicas, por envolver o apoio do PT ao grupo Sarney. A candidatura de Flávio Dino do PCdoB, (principal adversário do PMDB no maranhão) partido que é aliado do PT de longas e históricas datas, por essas e outras,  será a última a ser tratada pelo PT, nem deve entrar na pauta da reunião de amanhã.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Pré-candidato do PSDB à Presidência, o senador Aécio Neves (MG) disse ontem que seria "uma honra" ter o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) como vice-presidente em sua chapa nas eleições de outubro. Mas disse também que a definição pelo partido do nome que vai compor a chapa de vice-presidente só será feita depois de conversas com o DEM e o Solidariedade - dois partidos aliados do PSDB na corrida presidencial.
  --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
É muita pretenção não é ?
O governador de Pernambuco  e pré-candidato a Presidencia da República, Eduardo Campos, disse ontem que não há clima para o Congresso votar o marco civil da internet no atual governo. " Sinceramente, acho que se continuar do jeito que está , é melhor aguardar o próximo ano, (por) um governo legitimamente eleito para que o Congresso vote o marco civil da internet", disse Campos.




ALEXANDRA VIEIRA


sexta-feira, 14 de março de 2014

Essa é demais... Arruda candidato a governador no DF e Liliane Roriz candidata a Vice.


Arruda e Roriz fecham aliança para o governo do DF



Sob as bênçãos de um ex-senador cassado e de outro que renunciou ao mandato para escapar da cassação, o primeiro governador preso no exercício do mandato no país fechou uma aliança para tentar voltar ao governo do Distrito Federal. Filiado agora ao Partido da República (PR), José Roberto Arruda terá a deputada distrital Liliane Roriz (PRTB), filha do ex-governador Joaquim Roriz, como sua candidata a vice.  A chapa é completada pelo senador Gim Argello (PTB), suplente que herdou o mandato de Roriz. O PRTB é presidido no DF por Luiz Estevão, primeiro senador brasileiro cassado pelos colegas.



O acordo foi fechado ontem (12) à tarde, em reunião na casa de Joaquim Roriz. Fechada a aliança, o grupo ainda tenta atrair outros partidos para enfrentar o atual governador, Agnelo Queiroz (PT), como o PSDB, o DEM, o PPS e o PP, ao qual está filiado o ex-vice de Arruda, Paulo Octávio. Durante o encontro, José Roberto Arruda disse que foi retirado à força do governo e que tem o “sonho” de retomar o trabalho interrompido em 2009, quando foi preso em meio às investigações da Operação Caixa de Pandora.

No Senado desde 2007, quando herdou a vaga de Roriz, Gim Argello é um dos vice-líderes do governo Dilma no Senado e era considerado, até recentemente, aliado de Agnelo Queiroz no Distrito Federal. O senador também tem seus problemas com a Justiça. No Supremo Tribunal Federal (STF) responde a seis inquéritos por crimes como apropriação indébita, lavagem de dinheiro, peculato, corrupção passiva, crimes eleitorais e da Lei de Licitações.



Mensalão

Arruda aparece entre os candidatos mais lembrados pelos eleitores nas pesquisas de intenção de voto para o governo do DF. Em março de 2010, ele teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal. Mas o motivo da cassação – infidelidade partidária – não está entre as causas de inelegibilidade previstas na Ficha Limpa.

Denunciado pelo Ministério Público Federal como um chefe da organização criminosa que desviava recursos públicos de empresas contratadas por seu governo, Arruda ainda não foi julgado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde tramita o processo da Caixa de Pandora. O esquema de pagamento de propina a aliados também ficou conhecido, na época, como mensalão do Arruda ou mensalão do DEM, referência ao partido ao qual ele era filiado à época. Ameaçado de expulsão pela legenda, o então governador pediu desfiliação, motivo para o Democratas pedir sua cassação por infidelidade partidária.

Condenações

Apesar de ainda não ter sido julgado pela Caixa de Pandora, Arruda acumula problemas recentes na Justiça. No último dia 17 de fevereiro, ele foi condenado por um juiz da 1ª Vara de Fazenda Pública do DF por improbidade administrativa. Para o magistrado, Arruda cometeu irregularidades na contratação, sem licitação, de empresa para a partida amistosa entre Brasil e Portugal, em 2008. O evento custou R$ 9 milhões e envolve também o ex-presidente do Barcelona Sandro Rossell, dono da empresa contratada à época. Além do pagamento de multa, o juiz determinou a perda dos direitos políticos por quatro anos. Cabe recurso. Mas, como a decisão não foi por órgão colegiado, ele não está barrado pela Lei da Ficha Limpa. Se for condenado em segunda instância, poderá perder o direito de disputar a eleição.

Em dezembro do ano passado, Arruda e a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), filha de Joaquim e irmã de Liliane Roriz, também foi condenado em ação de improbidade administrativa derivada da Caixa de Pandora. Os dois, assim como Manoel Neto, marido de Jaqueline, deverão pagar R$ 200 mil de danos morais, ressarcir R$ 300 mil ao erário e ainda ficar oito anos inelegíveis. Também cabe recurso à decisão, proferida em primeira instância. O episódio é o mesmo que foi ignorado pela maioria dos deputados: o repasse, gravado em vídeo, de dinheiro à deputada pelo operador do mensalão do Arruda, Durval Barbosa. Jaqueline foi absolvida em plenário e escapou da cassação.
Padrinhos da aliança, Joaquim Roriz e Luiz Estevão estão barrados, hoje, pela Ficha Limpa. Estevão recorre de uma condenação a 31 anos de prisão por desvios na obra do fórum trabalhista de São Paulo. Roriz está inelegível até 2023 por ter renunciado ao mandato de senador em 2007 e ainda tenta reverter a situação na Justiça.

Dois meses de prisão

Revelado em novembro de 2009, o chamado mensalão do Arruda era caracterizado pelo pagamento de propina a políticos aliados. Alguns deputados distritais já foram condenados pelo caso. O então governador chegou a passar 60 dias preso na Superintendência da Polícia Federal, acusado de tentar subornar o jornalista Edson Sombra, uma das principais testemunhas do esquema. Vídeos divulgados à época mostravam Arruda recebendo dinheiro de propina de seu principal operador, o ex-secretário Durval Barbosa, que acabou atuando como delator.

O processo só foi aberto pelo STJ em agosto do ano passado. Nele, Arruda é acusado de corrupção passiva e formação de quadrilha. Outras 36 pessoas também foram denunciadas pelo Ministério Público. Este não foi, porém, o primeiro escândalo político protagonizado pelo ex-governador do Distrito Federal e ex-senador da República.

Violação do painel

Em 2000, Arruda admitiu ter violado o painel da sessão que resultou na cassação de Luiz Estevão (na época, no PMDB). A votação era secreta. Líder do governo Fernando Henrique Cardoso no Senado e filiado ao PSDB, ele pediu à então diretora do Prodasen, órgão de tecnologia da informação do Senado, Regina Célia Peres Borges, a lista de como os senadores haviam votado. E repassou o resultado ao então presidente da Casa, Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA).

Inicialmente, Arruda negou envolvimento com o caso. Dias depois, subiu à tribuna, chorou copiosamente e assumiu a culpa. Desligou-se do PSDB e renunciou ao mandato para escapar da cassação do mandato. O caso também resultou na renúncia de ACM, o então todo-poderoso presidente do Senado. Pela violação do painel, Arruda foi condenado em primeira instância em agosto de 2012.

Voltas

Filiado ao DEM, José Roberto Arruda tornou-se o deputado federal mais votado do país, proporcionalmente, já no ano seguinte. Em 2006, foi eleito governador do Distrito Federal em primeiro turno. Cargo que, agora, tenta ocupar pela segunda vez. E, para isso, costura aliança com Joaquim Roriz, que governou o DF em quatro oportunidades.

Os dois começaram como aliados, depois romperam e se tornaram ferrenhos adversários políticos. Desde o ano passado, no entanto, restabeleceram laços para a formação de um grupo que se contraponha ao governador Agnelo Queiroz, pré-candidato à reeleição.

domingo, 9 de março de 2014

[Entrevista com o Papa Francisco] O meu primeiro ano como papa.

Um ano se passou desde aquele simples "boa noite"que comoveu o mundo. O arco de 12 meses, assim entendidos – não só para a vida da Igreja – custa para conter a grande quantidade de novidades e os muitos sinais profundos da inovação pastoral deFrancisco. Estamos em uma salinha deSanta Marta. Uma única janela dá para um pequeno pátio interno que descerra um minúsculo canto de céu azul. O dia está belíssimo, primaveril,quente. O papa sai de repente, quase de súbito, de uma porta, e tem um rosto relaxado, sorridente. Olha divertido para os muitos gravadores que a ansiedade senil de um jornalista colocou sobre uma mesa. "Funcionam? Sim? Bom".

A reportagem é de Ferruccio De Bortoli, publicada no jornal Corriere della Sera, 05-03-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis a entrevista.

O balanço de um ano?

Não, os balanços não lhe agradam. "Eu os faço apenas a cada 15 dias, com o meu confessor."

O senhor, Santo Padre, de vez em quando, telefonapara quem lhe pede ajuda. E às vezes não acreditam no senhor.

Sim, isso aconteceu. Quando alguém telefona, é porque tem vontade de falar, uma pergunta a fazer, um conselho a pedir. Como padre em Buenos Aires, era mais simples. E para mim continua sendo um hábito. Um serviço. Eu sinto isso dentro de mim. Certamente, agora não é tão fácil fazer isso, dada a quantidade de pessoas que me escrevem.

E há um contato, um encontro que recorda com afeto particular?

Uma senhora viúva, de 80 anos, que havia perdido o filho. Ela me escreveu. E agora eu lhe dou uma telefonadinha a cada mês. Ela está feliz. Eu sou padre. Eu gosto.

As relações com o seu antecessor. Nunca pediu algum conselho a Bento XVI?

Sim. O Papa Emérito não é uma estátua em um museu. É uma instituição. Não estávamos acostumados. Sessenta ou setenta anos, o bispo emérito não existia. Veio depois do Concílio. Hoje, é uma instituição. A mesma coisa deve acontecer para o Papa Emérito. Bento XVI é o primeiro, e talvez haverá outros. Não sabemos. Ele é discreto, humilde, não quer perturbar. Falamos a respeito e decidimos juntos que seria melhor que ele visse pessoas, saísse e participasse da vida da Igreja. Uma vez, ele veio aqui para a bênção da estátua deSão Miguel Arcanjo, depois ao almoço emSanta Marta, e, depois do Natal, eu lhe dirigi o convite de participar do Consistório, e ele aceitou. A sua sabedoria é um dom de Deus. Alguns gostariam que ele se retirasse para uma abadia beneditina longe do Vaticano. Eu pensei nos avós que, com a sua sabedoria, os seus conselhos, dão força à família e não merecem acabar em uma casa de repouso.

O seu modo de governar a Igreja pareceu-nos isto: o senhor ouve todos e decide sozinho. Um pouco como o geral dos jesuítas. O papa é um homem sozinho?

Sim e não. Eu entendo o que você quer me dizer. O papa não está sozinho no seu trabalho, porque está acompanhado e é aconselhado por muitos. E seria um homem sozinho se decidisse sem ouvir ou fingindo ouvir. Mas há um momento, quando se trata de decidir, de colocar uma assinatura, em que ele está sozinho apenas o seu senso de responsabilidade.

O senhor inovou, criticou algumas atitudes do clero, sacudiu o Curia. Com alguma resistência, alguma oposição. A Igreja já mudou como o senhor gostaria há um ano?

Em março passado, eu não tinha nenhum projeto de mudança da Igreja. Eu não esperava essa transferência de diocese, digamos assim. Comecei a governar tentando colocar em prática o que havia surgido no debate entre cardeais nas várias Congregações. No meu modo de agir, espero que o Senhor me dê a inspiração. Dou-lhe um exemplo. Falou-se do cuidado espiritual das pessoas que trabalham na Cúria, e começaram-se a fazer retiros espirituais. Devia-se dar mais importância aos Exercícios Espirituaisanuais: todos têm o direito de passar cinco dias em silêncio e meditação, enquanto antes, na Cúria, ouviam-se três pregações por dia, e depois alguns continuavam trabalhando.

ternurae a misericórdiasão a essência da sua mensagem pastoral...

E do Evangelho. É o centro do Evangelho. Caso contrário, não se entende Jesus Cristo, a ternura do Pai que o envia para nos ouvir, para nos curar, para nos salvar.

Mas essa mensagem foi compreendida? O senhor disse que a franciscomania não vai durar muito tempo. Há algo na sua imagem pública que não lhe agrada?

Eu gosto de estar entre as pessoas, junto com quem sofre, ir às paróquias. Não me agradam as interpretações ideológicas, uma certa mitologia do Papa Francisco. Quando se diz, por exemplo, que ele sai de noite do Vaticano para ir dar de comer aos sem-teto na Via Ottaviano. Isso nunca me veio à mente. Sigmund Freud dizia, se não me engano, que em toda idealização há uma agressão. Pintar o papa como uma espécie de super-homem, uma espécie de estrela, parece-me ofensivo. O papa é um homem que ri, chora, dorme tranquilo e tem amigos, como todos. Uma pessoa normal.


Nostalgia pela sua Argentina?

A verdade é que eu não tenho nostalgia. Gostaria de ir encontrar a minha irmã, que está doente, a último de nós cinco. Gostaria de vê-la, mas isso não justifica uma viagem à Argentina: eu a chamo pelo telefone, e isso basta. Não penso em ir antes de 2016, porque na América Latina eu já fui ao Rio. Agora tenho que ir para a Terra Santa, para Ásia e depois para a África.

O senhor recém-renovou o passaporte argentino. O senhor, contudo, ainda é um chefe de Estado.

Eu o renovei porque venceu.

Desagradaram-lhe aquelas acusações de marxismo, especialmente norte-americanas, depois da publicação daEvangelii gaudium?

Nem um pouco. Nunca compartilhei a ideologia marxista, porque não é verdadeira, mas conheci muitas pessoas boas que professavam o marxismo.

Os escândalos que perturbaram a vida da Igreja, felizmente, ficaram para trás. Foi-lhe dirigido, sobre o delicado tema dos abusos de menores, um apelo publicado pelo jornal Il Foglio e assinado, dentre outros, pelos filósofos Besançon e Scruton, para que o senhor faça ouvir a sua voz contra os fanatismos e a má consciência do mundo secularizado que respeita pouco a infância.

Quero dizer duas coisas. Os casos de abuso são terríveis, porque deixam feridas muito profundas. Bento XVI foi muito corajoso e abriu um caminho. A Igreja, nesse caminho, fez muito. Talvez mais do que todos. As estatísticas sobre o fenômeno da violência contra as crianças são impressionantes, mas também mostram com clareza que a grande maioria dos abusos ocorre no ambiente familiar e na vizinhança. A Igreja Católica talvez seja a única instituição pública que se moveu com transparência e responsabilidade. Ninguém mais fez mais. No entanto, a Igreja é a única a ser atacada.

Santo Padre, o senhor diz "os pobres nos evangelizam". A atenção à pobreza, a marca mais forte da sua mensagem pastoral, é confundida por alguns observadores como uma profissão de pauperismo. O Evangelho não condena o bem-estar. E Zaqueu era rico e caridoso.

O Evangelho condena o culto ao bem-estar.O pauperismo é uma das interpretações críticas. Na Idade Média, havia muitas correntes pauperistas. São Francisco teve a genialidade de colocar o tema da pobreza no caminho evangélico. Jesus diz que não se pode servir a dois senhores, Deus e a Riqueza. E, quando formos julgados no juízo final (Mateus 25), vai importar a nossa proximidade com a pobreza. A pobreza afasta da idolatria, abre as portas para a Providência. Zaqueu devolve metade da sua riqueza aos pobres. E a quem têm os celeiros cheios do próprio egoísmo, o Senhor, no fim, apresenta a conta. O que eu penso da pobreza eu bem expressei na Evangelii gaudium.

O senhor indicou na globalização, sobretudo financeira, alguns dos males que agridem a humanidade. Mas a globalização arrancou milhões de pessoas da pobreza. Deu esperança, um sentimento raro que não deve ser confundido com o otimismo.

É verdade, a globalização salvou muitas pessoas da pobreza, mas condenou muitas outras a morrer de fome, porque, com esse sistema econômico, ela se torna seletiva. A globalização na qual a Igreja pensa não se assemelha a uma esfera, em que cada ponto é equidistante do centro e em que, portanto, se perde a peculiaridade dos povos, mas sim a um poliedro, com as suas diversas faces, pelas quais cada povo conserva a sua própria cultura, língua, religião, identidade. A atual globalização "esférica" econômica, e sobretudo financeira, produz um pensamento único, um pensamento fraco. No centro, não há mais a pessoa humana, somente o dinheiro.

O tema da famíliaé central na atividade do Conselho dos oito cardeais. Desde a exortação Familiaris consortio, de João Paulo II, muitas coisas mudaram. Dois sínodos estão sendo programados. Esperam-se grandes novidades. O senhor disse sobre os divorciados: não devem ser condenados, devem ser ajudados.

É um longo caminho que a Igreja deve fazer. Um processo desejado pelo Senhor. Três meses depois da minha eleição, foram submetidos a mim os temas para o Sínodo. Propõe-se a discutir sobre qual era a contribuição de Jesus ao homem contemporâneo. Mas, no fim, com passagens graduais – que para mim foram sinais da vontade de Deus – escolheu-se discutir a família que atravessa uma crise muito séria. É difícil formá-la. Os jovens se casam pouco. Há muitas famílias separadas, nas quais o projeto de vida comum fracassou. Os filhos sofrem muito. Devemos dar uma resposta. Mas, para isso, é preciso refletir muito profundamente. É o que o Consistório e o Sínodo estão fazendo. É preciso evitar ficar na superfície. A tentação de resolver todos os problemas com a casuística é um erro, uma simplificação de coisas profundas, como faziam os fariseus, uma teologia muito superficial. É à luz da reflexão profunda que poderão ser enfrentadas seriamente as situações particulares, mesmo a dos divorciados, com profundidade pastoral.


Por que a conferênciado cardeal Walter Kasper (foto) no último Consistório (um abismo entre doutrina sobre o matrimônio e a família, e a vida real de muitos cristãos) dividiu tanto os cardeais? Como o senhor acha que a Igreja pode percorrer esses dois anos de árduo caminho chegando a um amplo e sereno consenso? Se a doutrina é sólida, por que é necessário debate?

O cardeal Kasper fez uma belíssima e profunda apresentação, que em breve será publicada em alemão, e abordou cinco pontos; o quinto era o dos segundos matrimônios. Eu me preocuparia se, no Consistório, não houvesse uma discussão intensa, não serviria para nada. Os cardeais sabiam que podiam dizer o que queriam e apresentaram muitos pontos de vista diferentes, que enriquecem. Os debates fraternos e abertos fazem crescer o pensamento teológico e pastoral. Disso, eu não tenho medo, ao contrário, o busco.

No passado recente, era habitual o apelo aos chamados "valores inegociáveis", sobretudo em bioética e na moral sexual. O senhor não retomou essa fórmula. Os princípios doutrinais e morais não mudaram. Essa escolha significa, talvez, indicar um estilo menos prescritivo e mais respeitoso à consciência pessoal?

Eu nunca compreendi a expressão "valores inegociáveis". Os valores são valores, e basta, não posso dizer que entre os dedos de uma mão haja um menos útil do que os outros.Por isso, não entendo em que sentido possa haver valores inegociáveis. O que eu tinha a dizer sobre o tema da vida, eu escrevi na exortação Evangelii gaudium.

Muitos países regulam as uniões civis. É um caminho que a Igreja pode compreender? Mas até que ponto?

O matrimônio é entre um homem e uma mulher. Os Estados laicos querem justificar as uniões civis para regular diversas situações de convivência, impulsionados pela exigência de regular aspectos econômicos entre as pessoas, como por exemplo assegurar a assistência de saúde. Trata-se de pactos de convivência de várias naturezas, dos quais eu não saberia elencar as diversas formas. É preciso ver os diversos casos e avaliá-los na sua variedade.

Como será promovido o papel das mulheres na Igreja?

Aqui também a casuística não ajuda. É verdade que a mulher pode e deve estar mais presente nos lugares de decisão da Igreja. Mas eu chamaria isso de uma promoção de tipo funcional. Só assim não se faz um longo caminho. Ao contrário, é preciso pensar que a Igreja tem o artigo feminino "a": é feminina desde as suas origens. O grande teólogo Urs von Balthasar trabalhou muito sobre esse tema: o princípio mariano guia a Igreja ao lado do petrino. AVirgem Maria é mais importante do que qualquer bispo e de que qualquer apóstolo. O aprofundamento teologal está em andamento. O cardeal Rylko, com o Conselho dos Leigos, está trabalhando nessa direção com muitas mulheres especialistas em várias matérias.

A meio século da Humanae vitae, de Paulo VI, a Igreja pode retomar o tema do controle de natalidade? O cardeal Martini, seu coirmão, consideravaque já havia chegado o momento.

Tudo depende de como é interpretada a Humanae vitae. O próprio Paulo VI, no fim, recomendava muito misericórdia aos confessores, atenção às situações concretas. Mas a sua genialidade foi profética, ele teve a coragem de se inclinar contra a maioria, de defender a disciplina moral, de exercer um freio cultural, de se opor ao neomalthusianismo presente e futuro. A questão não é a de mudar a doutrina, mas sim de ir fundo e fazer com que a pastoral leve em conta as situações e o que é possível fazer para as pessoas. Também sobre isso se falará no caminho do Sínodo.

A ciência evolui e redesenha os limites da vida. Faz sentido prolongar artificialmente a vida em estado vegetativo? O testamento biológico pode ser uma solução?

Eu não sou um especialista nos assuntos bioéticos. E temo que cada frase minha possa ser equivocada. A doutrina tradicional da Igreja diz que ninguém é obrigado a usar meios extraordinários quando se sabe que está em uma fase terminal. Na minha pastoral, nesses casos, eu sempre aconselhei cuidados paliativos. Em casos mais específicos, é bom recorrer, se necessário, ao conselho dos especialistas.



A próxima viagem à Terra Santa levará a um acordo de intercomunhão com os ortodoxos que Paulo VI, há 50 anos,quase tinha chegado a firmar com Atenágoras?

Estamos todos impacientes para obter resultados "fechados". Mas o caminho da unidade com os ortodoxos significa, acima de tudo, caminhar e trabalhar juntos. Em Buenos Aires, nos cursos de catequese, vinham diversos ortodoxos. Eu passava o Natal e o dia 6 de janeiro junto com os seus bispos, que às vezes pediam também conselho aos nossos escritórios diocesanos. Eu não sei se é verdade o episódio que se conta sobre Atenágoras, que teria proposto a Paulo VI que caminhassem juntos e mandassem todos os teólogos a uma ilha para discutir entre si. É uma piada, mas o importante é que caminhemos juntos. A teologia ortodoxa é muito rica. E eu acredito que eles têm grandes teólogos neste momento. A sua visão da Igreja e da sinodalidade é maravilhosa.

Em alguns anos, a maior potência mundial será a China, com a qual o Vaticano não tem relações. Matteo Ricci era jesuíta como o senhor.

Somos próximos da China. Eu enviei uma carta ao presidente Xi Jinping, quando ele foi eleito, três dias depois de mim. E ele me respondeu. Há relações. É um povo grande ao qual eu quero bem.

Por que, Santo Padre, o senhor nunca fala da Europa? O que não o convence do projeto europeu?

Você se lembra do dia em que eu falei da Ásia? O que eu disse? (Aqui o cronista se aventura em algumas explicações, recolhendo memórias vagas, para depois perceber que havia caído em uma simpática armadilha). Eu não falei nem na Ásia, nem da África, nem da Europa. Só na América Latina, quando estive no Brasil e quando tive que receber a Comissão para a América Latina. Ainda não houve a ocasião para falar da Europa. Ela virá.

Que livro o senhor está lendo nestes dias?

Pietro e Maddalena, de Damiano Marzotto, sobre a dimensão feminina da Igreja. Um belíssimo livro.

E o senhor não consegue ver alguns belos filmes, outra de suas paixões? A grande belezaganhou o Oscar. O senhor vai vê-lo?

Não sei. O último filme que eu vi foi A vida é bela, de Benigni. E antes tinha revisto A estrada da vida, de Fellini. Uma obra-prima. Eu também gostava de Wajda...

São Francisco teve uma juventude despreocupada. Eu lhe pergunto: o senhor nunca se apaixonou?

No livro O jesuíta, eu conto sobre quando eu tinha uma namoradinha aos 17 anos. E eu também faço referência a isso em Sobre o céu e a terra (Companhias das Letras, 2013), o livro que eu escrevi com Abraham Skorka. No seminário, uma moça me fez virar a cabeça por uma semana.

E como isso acabou, sem querer ser indiscreto?

Eram coisas de jovens. Falei a respeito com o meu confessor (um grande sorriso).

Obrigado, Padre Santo.

Obrigado a você.